quarta-feira, 5 de agosto de 2009

O Poder da Leitura

Desde os primórdios da humanidade, a distinção entre o poder e o ser está nas mãos, ou melhor, nas mentes daqueles que buscam ou possuem o conhecimento. A ferramenta mais eficaz e direta de aquisição do conhecimento é a leitura, capaz de somar informações e instruções com o aprimoramento de uma visão mais factual e libertária.
Durante séculos, a pior e maior forma de aprisionamento humano não esteve nos cárceres, masmorras ou calabouços. Esteve na inibição da busca do conhecimento por meio da leitura. Ao invés de torturas físicas, censura à liberdade de pensamento, a execração da imaginação. Enquanto livros eram lançados nas fogueiras da Idade Média, mentes eram enterradas nas cinzas, inertes no vácuo da ignorância. O que diriam os grandes pensadores, filósofos, cientistas, homens e mulheres de mentes brilhantes, revolucionários de suas épocas, se lhes fossem vetado o direito à cultura, ao conhecimento. O poder não está apenas no querer, e sim no agir.
Anteriormente, fora dito por um ilustre e sábio pensador: "Penso, logo existo". Talvez seja hora de mudar esta máxima para: "Leio, logo penso e assim existo".
O que seríamos agora no presente, se no passado não tivéssemos conhecido os mundos que nos abriram suas portas por meio dos livros? As críticas, as análises, as inconstâncias do ser e do ter, a antiga problemática humana de origem e destino, não estariam tão evidentes em nossas vidas se a leitura não fosse algo tão importante.
É hora de quebrar velhos dogmas e paradigmas, que há tanto acorrentam em escuros porões, a liberdade intelectual de toda a nossa civilização moderna.
Se a caixa de Pandora do enegrecimento do saber está aberta, é necessário que seja novamente lacrada. O poder da leitura é algo que dissipa as trevas da imobilidade e revela a luz do conhecimento. Não um conhecimento de teorias, convenções e suposições, mas de fatos e concretizações que só podem ser alcançados por meio da exploração de uma leitura consciente e aprofundada.
Paz na terra e aos homens de boa vontade. Paz na terra e aos homens que são livres para pensar, que têm seu pés no chão, a cabeça nos céus e os olhos nos livros.
É hora de quebrar cadeias, destruir grilhões, proclamar liberdade aos presos intelectuais.
De fato, a única maneira do ser humano alcançar sua independência, social, moral e intelectual, é usando a ferramenta chamada leitura; a soma de querer e ação; de sua visão agora apurada, discernindo o correto do duvidoso. Eis a ferramenta que abre e fecha portas, basta apenas lançar mãos dela e girar a chave.

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